O MUNDO PÓS-PANDEMIA

Estamos vivendo a história. Em meio ao caos que se instalou a partir da pandemia causada pelo coronavírus (COVID-19), muitos ensinamentos, pensamentos e reflexões são necessários. Uma coisa é a gente ler sobre a gripe espanhola, peste negra ou demais doenças que, em momentos pretéritos, dizimaram parte da população e mudaram a forma de agir das pessoas. Outra é estar fazendo parte de um momento desses, em pleno 2020, com internet, redes sociais, lives e mais lives e informações praticamente de minuto em minuto. E é aqui que estamos: como será que essa estória será contada nos livros de história daqui a 10, 20 ou 50 anos? E o que temos a aprender com isso tudo que estamos vivendo?

Entendo que o mundo vai sair mudado depois do coronavírus. Vejam, não falo que sairemos diferentes, e sim mudados. Isso porque estamos sendo “forçados” a nos relacionar com amigos, familiares e clientes à distância. Ou seja, se nós conseguimos realizar o nosso trabalho de forma remota, será que precisamos ir para o escritório diariamente? Será que precisamos visitar clientes todos os dias de forma presencial? Ou será que poderemos usar esse tempo que não gastaremos nos deslocamentos para estarmos mais próximo dos nossos filhos e famílias? 

Como podemos notar, as perguntas ainda são muitas e, as respostas, poucas. Mas, em meio ao furacão, soluções estão sendo encontradas por todos. Nas crises sempre teremos oportunidades, basta encontrar o caminho. Ou alguém aqui, há seis meses, poderia imaginar que os artistas encontrariam um novo nicho, que é o das lives pelo youtube? Um show possui limitações de espaço e de logística, enquanto uma live, do quintal de casa, chega a reunir três milhões de pessoas de forma simultânea. Mais uma fonte de renda inimaginável e, por que não, inesgotável (ao menos até a próxima pandemia). 

Estamos nos reinventando. E, dentro desse cenário, o legado será enorme. Penso que a forma pela qual a sociedade como um todo se relaciona mudou. Se é pra melhor ou pior ainda não tem como saber. O que não podemos negar é que essa crise está fazendo com que as pessoas revejam muitos conceitos “fechados” que tinham. Aonde iremos parar? Não temos como saber ainda. O que sabemos é que abraços bem apertados são sim insubstituíveis.

Luiz Caldas Milano Jr.
Empresário